Um
ano atrás numa Assembléia na Seita da Reserva, o Osso é passado para um Fianna
Talvez
vocês tenham ouvido alguns contos sobre como Gaia criou os Garou, mas esse não
é o começo da minha história. Pensem numa noite de inverno lá no Norte Europeu,
uma das muitas desde que homem e lobo se uniram em espírito. Numa floresta
profunda, um jovem lobisomem uivou para a lua minguante; esse uivo fez com que a
Mãe de Todos se compadecesse; um uivo de solidão pela sua alcatéia perdida; um
uivo vigoroso que ecoava a angústia da existência que batia em seu peito. Mas havia
alguém que caminhava naquela noite e que fora tragada por aquela doce canção.
Ela derreteu o gelo de seu coração e trouxe lágrimas a seus olhos e uma flor
azul celeste cresceu onde cada gota caiu. Ela ergueu sua cabeça e cantou sua própria
canção; sua canção era de saudades pela beleza estonteante que ela observara;
sua canção era de tristeza por saber da mortalidade dos Garou; sua canção era
de alegria pela promessa na voz dele e por seu espírito único.
Ele
contemplou a observadora e seu coração se despedaçou com sua majestade, sua
beleza estava muito além de todas as coisas que ele conhecera. As suas canções
se ergueram juntas, unificadas e assim com sua beleza as estrelas ficaram mais
brilhantes. Então ela tomou a forma lupina, assim eles correram juntos,
perseguindo a lua e quando surgiu a manhã eles se uniram em suas formas humanas.
Mas quando ele acordou, ela tinha sumido. Nove anos e nove dias se passaram
antes que o Galliard colocasse seus olhos nela novamente. Ela trazia orgulhosamente
gêmeos ao seu lado — uma garota élfica de
belos traços e um garoto de olhar selvagem no rosto. “Contemple os frutos de
nossa união. Minha filha irá residir com meu povo nas terras que não conhecem a
morte, mas eu lhe presenteio com seu filho. Que ele viva com seu povo e atice
os fogos nos corações deles contra todos os invernos gelados que virão. Que o
laço de sangue entre eles cresça forte nos anos que se seguem.” E então, Danu,
mãe das primeiras fadas, as Tuatha de Dannan, levou sua filha Fionna pelo ar
até sua morada Tir na nOg, deixando seu filho com seu próprio povo. Ele foi o
primeiro dos nossos guardiões das canções, cuja voz envergonharia os rouxinóis
e faria a esperança florescer na escuridão como rosas na neve. Ele foi o
primeiro de nossa tribo.
E
foi assim que me contaram. Tá, eu nãos sou Galliard e nem gosto de enfeitar as
coisas com detalhes, essa balada é muito maior com passagens de tempos e
referencias a outras epopéias, então vocês ficaram com a versão reduzida. E
sim, claro que existiam fadas. Ainda existem, assim como lobisomens, se você
souber onde encontrar. Elas são diferentes aqui no sul, mas partem do mesmo
principio. É claro que eu já vi, ora, mas isso fica prum outro “ Moot”. Quem
conta a próxima?
Quem
contou essa história foi o falecido companheiro de Alcatéia Gangrena Verde de
Yuri, o Forstern Theurge Hominideo Samuel
“Herbalista” Cesar Grande. Samuel agora é um Ancestral do Caern bem como a Alfa
da Pack , a Adren Fúria Negra Ragabash Giordana “Daninha” Mattos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário